Um amor chamado silêncio

Parar pra ouvir o vento. Não sei vocês, mas eu tenho um imenso amor pelo silêncio. Das coisas melhores de morar na minha casa é conseguir aproveitar a ausência de barulhos. Escutar passarinhos, as folhas se mexendo, até os cachorros andando em volta da casa. A paz que isso me dá é difícil de explicar.

Adoro música, mesa cheia de gente conversando, assuntos os mais diversos. Gosto de receber amigos aqui, dos sobrinhos correndo todos ao mesmo tempo, da zoeira de gente feliz. A alegria é ruidosa, a gente sente e ouve. Talvez eu aprecie na mesma intensidade os momentos de silêncio e de alegria.

Meu apreço por reunir pessoas é conhecido desde sempre, sempre gostei de casa cheia, encontros, shows de música. O famoso “quem me conhece sabe”. Já o amor pelo silêncio era um pequeno segredo, que fui aos poucos revelando aos circundantes, e atualmente espalho por aí. A delícia de reparar num barulhinho ao looonge e tentar identificar; os diferentes cantos dos passarinhos de dia; o pio da coruja noturna e o banho que ela toma discretíssima na fonte de água; o vento balançando as folhas; e nada mais. Nenhuma voz, nenhum instrumento, nada. Só o som da natureza. Tá certo que não é um silêncio absoluto, né? São vários barulhinhos bons. Mas creio que me fiz entender.

Encontrar espaço e tempo pra apreciar estes momentos me trazem uma higiene mental maravilhosa, não sei se consigo descrever a sensação de bem-estar que me causa desfrutar, nem que seja por 10 minutos, dessa paz.

O que te traz esta sensação?

A Rita

Acompanhar a carreira e a vida de um ídolo é um privilégio. Quando eu nasci, Rita já era famosa e embalava minha vida de menina. Entendia as letras? Não. Mas sempre curti sua voz e sua música. Adolescente, eu talvez fosse a única que não gostava de “Ovelha Negra”, por não me identificar com nada da letra. Uma rebelde ao contrário, talvez. Adulta, pude conhecer melhor a pessoa dela em entrevistas, programas de televisão, e nas muitas músicas. Rita bastante produtiva, artista inquieta, defensora dos bichos, compositora bem humorada, apresentadora na tv.

Em 2018, li sua Autobiografia, e foi um novo encantamento. Ótima escritora, contou com leveza passagens difíceis de sua vida, confessou excessos, parecia que ela estava ali me contando tudo na sala de casa, era possível “ouvir” sua voz narrando cada trecho. Me senti tão pertinho dela durante essa leitura, foi uma experiência tão gostosa!


Por acaso, assisti a homenagem feita a ela no programa do Serginho e fiquei entre emocionada e apreensiva. Meus pensamentos se alternavam entre “que bom que estão fazendo essa declaração de amor enquanto ela está aqui” e “ai, meu Deus, ela vai embora logo”. E ela foi.

Pra mim, ela fica. Tempo presente. Os assuntos que ela trouxe são importantes e, muitos deles, ainda serão debatidos por muito tempo. A coragem de ser ela mesma, por si só, é referência. Conseguiu equilibrar, como artista que é, os muitos pratinhos girando ao mesmo tempo na vida das mulheres: mãe, avó, mulher, carreira, casamento, casa, cuidados com os outros, cuidados consigo mesma, legado, vida própria. Uma vida plena, de acertos e erros, e uma despedida cercada de amor.

Ah, Rita, que coisa boa estar nesse mundo ao mesmo tempo que você e poder te curtir sempre! Obrigada por tanto!

Bingo!

Estava lendo o texto do Dr. Dráuzio Varella sobre a menopausa e, observando a lista de sintomas que ele vai enumerando, resolvi montar uma tabela de Bingo.

As listas de sintomas para climatério e menopausa são enormes, e abarcam praticamente tudo no corpo da mulher, literalmente dos fios de cabelo aos dedos dos pés. Sendo assim, vou tentar ser lúdica e propor somar 1 ponto pra cada item abaixo: eu somei 23. E você?


Link sério de onde busquei a lista: https://bvsms.saude.gov.br/menopausa-e-climaterio/