Um amor chamado silêncio

Parar pra ouvir o vento. Não sei vocês, mas eu tenho um imenso amor pelo silêncio. Das coisas melhores de morar na minha casa é conseguir aproveitar a ausência de barulhos. Escutar passarinhos, as folhas se mexendo, até os cachorros andando em volta da casa. A paz que isso me dá é difícil de explicar.

Adoro música, mesa cheia de gente conversando, assuntos os mais diversos. Gosto de receber amigos aqui, dos sobrinhos correndo todos ao mesmo tempo, da zoeira de gente feliz. A alegria é ruidosa, a gente sente e ouve. Talvez eu aprecie na mesma intensidade os momentos de silêncio e de alegria.

Meu apreço por reunir pessoas é conhecido desde sempre, sempre gostei de casa cheia, encontros, shows de música. O famoso “quem me conhece sabe”. Já o amor pelo silêncio era um pequeno segredo, que fui aos poucos revelando aos circundantes, e atualmente espalho por aí. A delícia de reparar num barulhinho ao looonge e tentar identificar; os diferentes cantos dos passarinhos de dia; o pio da coruja noturna e o banho que ela toma discretíssima na fonte de água; o vento balançando as folhas; e nada mais. Nenhuma voz, nenhum instrumento, nada. Só o som da natureza. Tá certo que não é um silêncio absoluto, né? São vários barulhinhos bons. Mas creio que me fiz entender.

Encontrar espaço e tempo pra apreciar estes momentos me trazem uma higiene mental maravilhosa, não sei se consigo descrever a sensação de bem-estar que me causa desfrutar, nem que seja por 10 minutos, dessa paz.

O que te traz esta sensação?

2 comentários:

  1. Como as estações do ano: momentos de exuberância e outros de recolhimento… ambos gostosos e necessários. Andrea

    ResponderExcluir

me conta!

A Substância: o terror é ser mulher

 (Se você ainda não viu o filme “A Substância”, saiba que este texto está cheio de spoilers , continue por sua conta e risco.) Sei que tem m...