Hoje recomecei o pilates. Tava me sentindo encurtada, enferrujada mesmo. Como algumas amigas sabem, eu já gostei de atividade física, até porque, na época, eu não “precisava”. Aulas de dança, musculação, caminhadas, bicicleta, trekking (sim, eu ia caminhar no mato, gente), isso tudo era diversão. Eu fazia sem sofrer, achava bom, era programação de final de semana, organizava uma viagem curta por mês pra ir caminhar no mato. Falando assim, parece outra vida. Vai ver que era mesmo.
De pouco antes dos 40 pra cá, além de caber na agenda de trabalho, a atividade física se tornou uma necessidade, entrou na lista das obrigações. E aí, lascou. Eu detesto ser obrigada a fazer qualquer coisa. Eu faço, mas faço na força do ódio. Pra facilitar o entendimento, vou usar uma imagem: imagina eu aqui, vivendo meu dia, em cores, tocando Vivaldi ao fundo, cuidando dos cães, das plantas, trabalhando, almoçando, um dia normal e feliz. Eu entrando no carro, dirigindo, e as cores sumindo… chego na academia de musculação já em preto e branco, em alto contraste, tocando um rock bem pesado, um solo de guitarra estridente. Daí acaba, eu entro no carro, e as cores e o Vivaldi vão voltando lentamente, até que eu chego em casa. É basicamente assim que minha relação com o exercício físico está.
Eu amava o ballet clássico! Ia super animada, colegas ótimas, professora ótima. Porém, uma alteração dos horários de aula tornou inviável continuar. Passei pra academia com aulas coletivas e musculação. Adorava a aula de step, mas o resto, que preguiça! Veio pandemia, fiz yoga em casa e ballet clássico em casa por 2 anos. Não aguento mais ouvir a voz da professora no app, ela fala “respira” e eu tenho vontade de mandar a criatura pra aquele lugar. Fiquei 6 meses me enganando e indo às aulas de step sem muita regularidade, até vencer o contrato. E agora, irei novamente pro pilates. Pelo menos, eu não detesto, já é alguma vantagem. Gostei do studio que escolhi, apesar de ter adorado uma professora de outro lugar, cujo acesso não era simples e não tinha mais horário compatível. Antes feito do que perfeito: é o novo lema pra encarar os exercícios.
Eu pretendo ser uma velhinha ativa, que faz suas coisinhas, viaja, e que terá cachorros. Uma velhinha que vai pro carnaval, que frequenta baile de dança de salão. Pra ser essa velhinha sacudida, eu preciso ser uma mulher de meia idade ativa e sem ferrugem. É pra isso que eu vou me desafiar novamente e encarar a rotina de atividade física. Nem fã, nem hater. Só uma pessoa que não mobiliza grandes emoções com isso.
E você, é fã ou hater de atividade física?
Oi, Bella! Acho que vivemos a mesma experiência, rs. Já fiz muito exercício quando mais nova, mas depois, desacelerei. A exceção é o pilates, que faço há mais de 20 anos. Mesmo assim, fujo da aula ocasionalmente, rs
ResponderExcluirÉ a Andrea, não consegui me identificar na plataforma
Excluiroi, Andrea! espero conseguir me manter no pilates!!!
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